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- Igreja Matriz de Grândola
Igreja Matriz de Grândola
Toponímia:
- Largo Marquês de Pombal.
Cronologia:
- Século XV
Medidas de protecção:
- Em vias de classificação como Imóvel de Interesse Público.
Estado de conservação:
- Bom.
Descrição sumária:
- Degradada e a precisar de obras em 1482, é possível que a construção da igreja de Nossa Senhora da Abendada remonte a meados do século XV. Em 1513, D. Jorge (mestre da Ordem de Santiago), aquando da sua visitação, mandou reparar a igreja por apresentar alguma degradação: as pinturas murais estavam deterioradas, a pia baptismal era uma tina grande em barro e o corpo da igreja encontrava-se por ladrilhar.
- No século XVI, passou a designar-se por igreja de Nossa Senhora da Assunção, e é também a partir desta centúria que começa a ser remodelada e ampliada, passando a adquirir progressivamente o traçado que actualmente a caracteriza.
- O seu interior é constituído por um vestíbulo com paredes em madeira, nave única com cobertura em madeira de três panos, pintada com motivos geométricos simples. Sobre o espaço da entrada há um coro alto em madeira com balaustrada.
- No lado esquerdo (evangelho) existe uma capela transformada em baptistério, com uma tina grande de pedra em forma de cálice e, na parede, uma pintura sobre madeira do século XVI, em estilo Maneirista, que representa o Pentecostes, cuja autoria é atribuída a Fernão Gomes. A esta segue-se outra capela com altares em talha dourada que foi integralmente restaurada em 2013.
- Os belos retábulos colaterais, esquerdo e direito, em talha dourada, também foram sujeitos a intervenções de conservação e restauro, durante o ano de 2013.
- No lado direito (epístola) encontram-se duas capelas - simétricas às do lado norte, evangelho -. A primeira, da Irmandade das Almas, apresenta retábulo de talha dourada e é revestida a azulejos de padrão floral em azul e amarelo (datados de 1657), e foi restaura em 2011, a segunda tem igualmente retábulo em talha dourada, azulejos atribuídos aos séculos XVI, XVII e XX e foi restaura em 2013.
- O altar-mor, cuja entrada é encimada por um arco de volta perfeita e um hábito da Ordem de Santiago, apresenta um retábulo de feição neoclássica onde se destacam duas belas estátuas que representam a Fé e a Esperança.
- Na fachada exterior, podem ver-se, entre outros elementos, um hábito da Ordem de Santiago esculpido sobre a porta principal e uma janela com vitral. No campanário há a registar o mostrador de um relógio de sol, quatro janelas sineiras, quatro cornijas e um pináculo. O lado norte é ocupado pelo novo centro paroquial e residência do pároco e, no lado sul, podem ver-se, além dos elementos referidos, as paredes das capelas laterais e do escritório, com uma porta e duas janelas com vitrais.
Síntese de intervenções:
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Em 1513, esta Igreja tinha cerca de 85 m2 de área total e continuava degradada e, entre 1525 e 1534, foi totalmente reconstruída e ampliada, ficando então com 194 m2 de área. Entre o século XVI e o século XVIII, sofreu várias intervenções, nomeadamente o acréscimo de dois anexos, a construção de capelas e o revestimento em azulejos. A maior alteração ocorreu, contudo, na década de 70, com a construção do centro paroquial e a habitação do pároco, que alterou a antiga feição da Igreja (a norte).
Referências bibliográficas:
- ALMEIDA, M. C. Gaio Tavares de, Roteiro Setecentista da Vila de Grândola, Ed. da C. M. G., 1998; - FALCÃO, José António, O Entalhador Francisco Álvares e a Construção do Retábulo-Mor da Igreja Matriz de Grândola em 1680-1684, Ed. da Diocese de Beja, 1995; - SILVA, Germesindo, O Mestre de Sant’Iago D. Jorge e as Visitações ao Lugar de Grandolla, Ed. do Autor, Tip. Ramos, Afonso & Moita, Lda, Lisboa, 1991.
Vila de Grândola
Observações:
- Propriedade da Diocese de Beja, está habitualmente aberta às horas de celebração do culto